actos escandalosos q u e el c o m ú n d e los mortales sólo realiza e n los sueños).''
Está p o r demás decir q u e el c o n t r o l p u b l i c o del poder es m á s necesario p o i
cuanto estamos en u n a época e n la q u e los instrumentos técnicos d e losq u e
p u e d e disponer q u i e n detenta el p o d e r , p a r a conocer c o n precisión l o d o l o
que hacen los ciudadanos, ha a u m e n t a d o e n o r m e m e n t e , d e hecho es prác–
t i c a m e n t e i h m i t a d o . 5Í "manifesté a l g ú n t i t u b e o e n q u e la c o m p u t o c r a c i a p u e –
da i m p u l s a r a la d e m o c r a c i a g o b e r n a d a , n o tengo n i n g u n a d u d a e n el servicio
que puede prestar a la d e m o c r a c i a g o b e m a m e . E l ideal d e l poderoso.siempre
ha sido c l de ver c u a l q u i e r gesto y d e escuchar c u a l q u i e r p a l a b r a d e sus sujetos
(posiblemente sin ser visto n i escuchado): h o y este ideal está a la m a n o . N i n g ú n
déspota de la A n t i g ü e d a d , n i n g ú n m o n a r c a absoluto de la E d a d M o d e r n a ,
a u n q u e estuviese r o d e a d o de m i l espías, logró tener toda la i n f o r m a c i ó n sobre
sus subditos que el m á s d e m o c r á t i c o d e los gobiernos puede obtener del uso de
los cerebros electrónicos. L a vieja p r e g u n t a q u e recorre toda la hisioria d e !
pensamiento político: "¿quién cuida a los cuidadores-'" h o y se puede repetir
con la siguiente interrogante: "¿quién c o n t r o l a a los contro! adores?" S¡ n o se
logra encontrar u n a respuesta a d e c u a d a a esta p r e g u n t a , la d e m o c r a c i a c o m o
a d v e n i m i e n t o d e lg o b i e r n o visible, está p e r d i d a . M á s que d e i m a falsa promesa
en este caso se t r a t a r í a d e u n a t e n d e n c i a c o n t r a r i a a las premisas: l a tendencia
ya n o hacia el m á x i m o control d e l p o d e r p o r parte de los ciudadanos, sino,
p o r el c o n t r a r i o , hacia el m á x i m o c o n t r o l d e los subditos p o r parte d e l poder.
9. E
L
C I U D A D A N O N O E D U C A D O
L a sexta falsa promesa se refiere a l a e d u c a c i ó n d e l a ciudadanía. E n los dis–
cursos apologéticos sobre la d e m o c r a c i a , desde hace dos siglos hasta a h o r a , j a –
más falta el a r g u m e n t o de a c u e r d o c o n el cual la única m a n e r a de hacer de
u n s u b d i t o u n c i u d a d a n o es la d e a t r i b u i r l e aquellos derechos q u e los escri–
tores d e Derecho p ú b l i c o d e l siglo pasado l l a m a r o n activae
civitatis,
y l a e d u –
cación p a r a la d e m o c r a c i a se desarrolla e n el m i s m o sentido que la práctica
d e m o c r á t i c a . D e acuerdo c o n el m o d e l o j a c o b i n o esto n o debe ser p r i m e r o ,
p o r q u e e n p r i m e r a instancia debe v e n i r l a tlictadtira revolucionaria y sóle
después el reino d e l a v i r t u d . Pero para e l b u e n democrático esto n o debe ser
así, el reino de la v i r t u d ( q u e p a r a M o n t e s q u i e u constituía el p r i n c i p i o de
l a democracia contrapuesto at m i e d o , p r i n c i p i o d e l despotismo) es la m i s m a
d e m o c r a c i a . L a d e m o c r a c i a n o p u e d e prescindir d e la v i r t u d , entendida c o m o
a m o r a la cosa p ú b l i c a , pues al m i s m o t i e m p o debe p r o m o v e r l a , a l i m e n t a r l a
y fortalecerla. U n o d e los f r a g m e n t o s m á s representativos d e esta idea es el
que se e n c u e n t r a e n el c a p í t u l o "Sobre l a m e j o r f o r m a de g o b i e r n o " d e l l i b r o
t i t u l a d o ConsideTaciones
sobre la democracia
repTeseniaiiva
de J o h n Stuart
" Platón.
Rtpública.
571 cd.
M i l i , allí d o n d e distingue a los c i u d a d a n o s e n activos y pasivos y especifica
que e n general los gobernantes prefieren a los segundos p o r q u e es m á s fácil
tener controlados a subditos dóciles e indiferentes, p e r o la d e m o c r a c i a necesita
de los primeros. Este autor concluye q u e si debiesen prevalecer los ciudadanos
pasivos, c o n m u c h o gusto los gobernantes convertirían a sus subditos en u n
r e b a ñ o d e ovejas dedicadas ú n i c a m e n t e a comer el pasto u n a al l a d o d e la
o t r a (y. agregarla yo, a n o lamentarse a u n c u a n d o el pasto escaseara) " Esto
lo llevaba a proponer la a m p l i a c i ó n d e l sufragio a las clases pc-"ulares c o n
base e n el a r g u m e n t o de q u e u n o d e los remedios c o n t r a la tiranía de la m a v o -
ria está precisamente en el hacer partícipes e n las elecciones —además d e a las
clases pudientes que siempre constituyen u n a m i n o r í a d e la p o b l a c i ó n y tienden
por naturaleza a mirar p o r sus propios intereses— a las clases populares. Decía:
la participación en el voto tiene u n gran valor educativo; m e d i a n t e la discusión
política el obrero, cuyo t r a b a j o es repetitivo e n el estrecho horizonte d e la
f á b r i c a , ifigra comprender l a relación entre los acontecimientos lejanos y su
interés personal, y establecer vínculos c o n ciudadanos diferentes d e aquellos
con Itjs q u e trata c o t i d i a n a m e n t e y volverse u n m i e m b r o consciente de u n a
c o m u n i d a d . " L a educación de la c i u d a d a n í a f u e u n o de los temas preferidos
de la ciencia política n o r t e a m e r i c a n a de los años cincuenta. Este tema f u e
tocado bajo el título de " c u l t u r a p o l í t i c a " , y sobre él se escribieron ríos de
tinta q u e r á p i d a m e n t e se decoloró: entre tas diversas distinciones recuerdo
aquella entre cultura de los subditos, es decir, d i r i g i d a hacia los output d e l
sistema, o sea, hacia los beneficios que ¡os electores esperan obtener d e l sis–
t e m a político, y cultura p a r t i c i p a n t e , es decir, orientada hacia los input, q u e
es p r o p i a d e los electores q u e se consideran p o t e n c i a l m e n t e c o m p r o m e t i d o s
c o n la articulación de las d e m a n d a s y c o n la f o r m a c i ó n de las decisiones.
Veamos alrededor. E n las democracias m á s consolidadas se asiste i m p o t e n –
tes al f e n ó m e n o de la apatía p o l í t i c a , q u e frecuentemente involucra a cerca
de l a m i t a d d e quienes tienen derecho al voto. Desde el p u n t o d e vista d e la
c u l t u r a pottiica éstas son personas q u e n o están orientadas n i hacia los output
n i hacia los input.
Simplemente están desinteresadas p o r l o q u e sucede (como
se dice e n Italia c o n u n a frase a f o n u n a d a ) e n el " p a l a c i o " . Sé bien q u e l a m –
b i ó se pueden d a r interpretaciones benévolas de la apatía política, pero incluso
las interpretaciones m á s m o d e r a d a s n o m e p u e d e n q u i t a r d e l a cabeza q u e
los grandes escritores democráticos sufrirían al reconocer e n la renuncia a
usar el p r o p i o derecho u n b u e n f r u t o de la e d u c a c i ó n d e l a c i u d a d a n í a . E n
los regímenes democráticos c o m o el italiano, e n el q u e el porcentaje de votan–
tes todavía es m u y alto (pero va descendiendo e n cada elección), existen bue–
nas razones p a r a creer q u e esté d i s m i n u y e n d o el voto de o p i n i ó n y esté a u -
J
-S Mili,
ConadeTotianí on Refeseniaiivt
Gourmmtnl,
en
CoUecied Papr-s of John Siuari
Mili.
Untver3iiy of Toronto Press. Rouiiedgr and Kegan Paul. val. X I X . Londres 1977. p. 406.
" Ibidem, p. 470.