ello trajo c o m o consecuencia que estos pidiesen al Estado la protección c o n t r a
la desocupación y. progresivamente, seguridad social c o n t r a las enfermedades,
c o n t r a la vejez, previsión en favor de la m a t e r n i d a d , vivienda barata, etc. D e
esta m a n e r a ha sucedido que el Estado benefactor, el Estado social, ha sido,
guste o no guste, la respuesta a u n a d e m a n d a p r o v e n i e n t e de abajo, a u n a
p e t i c i ó n , en ei sentido pleno de l a p a l a b r a , d e m o c r à t i c a .
12.
E L ESCASO RENDIMIENTO
El tercer obstáculo, está i n t i m a m e n t e relacionado con el t e m a del r e n d i m i e n t o
del sistema d e m o c r á t i c o en su c o n j u n t o ; un p r o b l e m a que en estos últimos
años ha d a d o vida al debate sobre la l l a m a d a " i n g o b e m a b i l i d a d " de la de–
m o c r a c i a . ¿De q u é se trata? E n síntesis, p r i m e r o el Estado liberal y despufe
su ampliación, el Estado democrático, h a n contribuido a e m a n c i p a r la sociedad
civil de! sistema político. Este proceso de e m a n c i p a c i ó n ha hecho que la socie–
d a d civil se haya vuelto cada vez más i m a f u e n t e i n a g o t a b l e de d e m a n d a s al
g o b i e r n o , el cual para c u m p l i r c o r r e c t a m e n t e sus funciones debe responder
a d e c u a d a m e n t e pero, ¿cómo p u e d e el g o b i e r n o responder si las peticiones que
provienen de una sociedad libre y e m a n c i p a d a cada vei son más numerosas,
cada vez más inalcanzables, cada vez más costosas? H e dicho que la c o n d i c i ó n
necesaria de t o d o g o b i e r n o d e m o c r á t i c o es la protección de las libertades civi–
les: la l i b e r t a d de prensa, la l i b e r t a d de r e u n i ó n y de asociación, son vías p o r
m e d i o de las cuales el c i u d a d a n o puede dirigirse a sus gobernantes para p e d i r
ventajas, beneficios, facilidades, u n a más equitativa d i s t r i b u c i ó n de la
riqueza,
etcétera. La cantidad y ia rapidez de estas d e m a n d a s son tales que n i n g ú n siste–
m a político, por m u y eficiente que sea, es capaz de adecuarse a ellas. De aquí
deriva el l l a m a d o "sobrecargo" y la necesidad en la que se encuentra el sis–
t e m a político de t o m a r decisiones drásticas; pero u n a alternativa excluye a la
o t r a . £1 t o m a r una alternativa n o satisface sino crea descontento.
A d e m á s , la rapidez con la que se presentan las d e m a n d a s al g o b i e r n o p o r
p a r t e de los ciudadanos, está en contraste c o n la l e n t i t u d de los complejos
p r o c e d i m i e n t o s del sistema p o l í t i c o d e m o c r á t i c o , p o r m e d i o de los cuales ta
clase política debe t o m a r las decisiones adecuadas. D e esta m a n e r a se crea
u n a verdadera y p r o p i a r u p t u r a entre el m e c a n i s m o de recepción y el de e m i –
sión, el p r i m e r o c o n u n r i t m o c a d a vez más acelerado, el segimdo con u n o
cada vez más lento, P r e c b a m e n t e , al c o n t r a r i o de lo que sucede en u n siste–
m a autocràtico que es capaz de c o n t r o l a r la d e m a n d a h a b i e n d o sofocado la
a u t o n o m í a de la saciedad civil, y e; m u c h o m á s r á p i d o en la respuesta en
c u a n t o n o tiene q u e respetar los complejos p r o c e d i m i e n t o s decisionales c o m o
los del sistema p a r l a m e n t a r i o . E n c o n c l u s i ó n , en la d e m o c r a c i a la d e m a n d a
es fácil y la respuesta d i f í c i l ; p o r el c o n t r a r i o , la autocracia tiene la c a p a c i d a d
de d i f i c u l t a r la d e m a n d a y dispone de u n a g r a n f a c i l i d a d p a r a dar respuestas.
15. Y
SIN
EMBARGO
Después de lo d i c h o hasta aquí, c u a l q u i e r a podría esperarse una iHsión catas–
trófica del p o r v e n i r de la d e m o c r a c i a . N a d a de esto. C o n respecto a los años
c o m p r e n d i d o s entre la p r i m e r a y la segunda G u e r r a M u n d i a l , que Elie
Halévy l l a m ó la "era de los t i r a n o s " en su famoso l i b r o que lleva tal n o m b r e , "
en estos últimos cuarenta años cl espacio de los regímenes democráticos ha
a u m e n t a d o progresivamente. E j e m p l o de lo antes expuesto lo podemos encon
trar en el l i b r o de J u a n L i i u t i t u l a d o La caduta
dei regimi
democratici,'-^
que
t o m a los datos informativos p r i n c i p a l m e n t e de los años posteriores a la p r i –
m e r a G u e r r a M u n d i a l , y el de J u l i á n S a n t a m a r í a . Transizione
alla
democrazia
nell'Europa
del sud e nell'America
Latina."
que ¡os ютг de los años posterio–
res a ta segunda. A l t e r m i n a r la segunda G u e r r a M u n d i a l bastaron pocos años
a Italia —diez a A l e m a n i a - p a r a d e r r i b a r el Estado p a r l a m e n t a r i o : después
que la d e m o c r a c i a fue restaurada, pasada la segunda guerra, no ha vuelto a
ser d e r r o t a d a , al contrario, en algunos países f u e r o n derrocados los gobiernos
autoritarios. Incluso en un pais c o n democracia n o g o b e r n a n t e o m a l gober–
nante, c o m o Italia, la democracia n o corre serios peligros, a u n q u e digo esto
c o n i m cierto t e m o r .
Se c o m p r e n d e que hablo de los peligros ¡ m e m o s , d e los peligros que pueden
venir del e x t r e m i s m o de derecha o del de izquierda. En la Europa o r i e n t a l ,
d o n d e tos regímenes democráticos f u e r o n sofocados al nacer y todavía n o
l o g r a n nacer, la causa fue y c o n t i n ú a siendo e x t e m a . En m i análisis m e he
o c u p a d o de las dificultades i n t e m a s de la d e m o c r a c i a , no de las extemas que
d e p e n d e n de la colaboración de los diversos países c n ei sistema internacional.
A h o r a b i e n , m i conclusión es que las falsas promesas y los obstáculos i m p r e –
vistos de los que m e he o c u p a d o no h a n sido capaces de " t r a n s f o r m a r " un
r é g i m e n d e m o c r á t i c o en un r é g i m e n autocràtico. L a diferencia sustancia]
entre uncM y otros permanece. £1 c o n t e n i d o m í n i m o del Estado democrático
n o ha decaído: garantía de los principales derechos de l i b e r t a d , existencia
de varios partidos en competencia, elecciones periódicas y sufragio universal,
decisiones colectivas o concertadas (en las democracias coasociativas o en el
sistema neocorporativo) o t o m a d a s con base en el p r i n c i p i o de mayoría, de
cualquier m a n e r a siempre después del debate libre entre las partes o entre
los aliados de una coalición de g o b i e r n o . Existen democracias más sólidas o
menos sólidas, más vulnerables o menos vulnerables; hay diversos grados de
" E
Haííw, L
'ert des iyrantues EJudes sur te soctalistne et la guerre,
imroduccíón de С Bougie
Nrf. Parli,
1938
^- Se (rali de una recopilación de diveiíos rnsayos a cargo de Juan Lini publicada original
menir er ingles.
The
Sreaidou-n
of Dernocracy.
The John Hopkins Lniveniíy Press, lan–
dres. 1976. >• deipuís en itahanc en, II Mulino, Bolonia. 1981 en el que los tres temas funda–
mentales Ion el advenimienio del TascDmo en Iialia. Alemania y España.
Pubbcado por el Centro de Investigaciones Sociológicas de Madrid. 1981.
1...,134,135,136,137,138,139,140,141,142,143 145,146,147,148,149,150,151,152,153,154,...277